segunda-feira, 27 de maio de 2019

Fecho os olhos e vejo que estou andando pelas ruas
De Teresina
Sinto o vento quente ,a terra quente
O cheiro de gente forte,de gente trabalhadora.
Passo em frente a uma casa e pelo ar
Sinto que ela esta frintando carne de sol
Na outra casa piabas fritas
Na da esquina panelada .
Que aromas mais hipnotizantes,
Ah Estou em Teresina!
Agora estou passando pelo rio Parnaíba
Vejo gente vestida de maria bonita,avisto tarrafas,pescadores,rede,casas de barro.
De repente uma criança ivade a minha frente e diz "nam merma" porque foi te embora?
Com os olhos lacrimejando percebo que não consigo responder.
Mais na frente vejo o troca troca e corro para lá,
No mercado velho compro um anzol para minha mãe e farinha de puba.
Um velho me oferece cajuína e no final da avenida vejo um avião a minha espera.
Choro, tenho que ir embora.
Mas ao longe um senhor de bicicleta com um jacar na garupa,carregado de feijão de corda,milho verde,pororocas e braquinhas
Grita,espera,não esqueça das suas encomendas.
Sinto que não quero ir embora,não quero
abrir os olhos,
Ah Teresina!

terça-feira, 21 de maio de 2019

As vezes preciso apenas sentir o vento que sopra
cedinho,ao amanhecer.
o aroma da manhã me toca de uma forma
que sinto como se estivesse bailando nas memorias
da minha infância.
A neblina me faz lembrar do café,da escola,do por do sol
do tio João.
As vezes preciso só sentir o calor do passado
para acalentar esse coração desfreado.
A cada sopro minha pele arrepia,
a cada lembrança  sinto como se eu fosse apenas
o sopro de todas as manhãs.
O que doí é saber que amanhã estarei aqui
com a janela aberta 
tentando inspirar o aroma do meu passado.
                                                                       BRUNA TAÍS DA SILVA