Sinto que não existo.
Grito e ninguém me ouve,
Choro e ninguém se importa,
É como se eu fosse a natureza,
Cada dia mais destruída.
Corro para o meio da rua,
E grito o mais alto que consigo.
No final da estrada, avisto um passarinho,
Todo despenado e com a perna quebrada e ele canta sozinho. O canto de dor.
Já vi que o mundo se tornou um abismo.
No meio de toda essa gente
A vida é solidão.
Entre prédios e asfaltos, no final da estrada avistei um passarinho!
Bruna Taís da Silva