quarta-feira, 6 de maio de 2020

Você me excita, 
Me arrepia e me completa.
Você é tudo e nada.
Faria qualquer coisa para sair dessa guerra.
Sinto que não é amor, é só tesão.
Ao lembrar do seu cheiro, do seu corpo, do seu beijo,
Sinto saudade,minha alma te procura,
O meu corpo arriscar em te querer.
Na minha alma ficou gravado aquele quarto, aquela última noite de prazer.
Você é minha fraqueza.
Nada faz com que eu te esqueça!
Nem o tempo, nem o passado, nem o presente.
Vamos ter que superar!
Sei que a culpa é minha,
Eu vou me recuperar...

Bruna Tais da Silva
Tomara que um dia eu olhe para o meu passado e sinta felicidade.
Felicidade até dos aperreios que passei.
Felicidade até dos nãos que levei.
Hoje eu olho para o meu passado e sinto saudade.
Mais no futuro eu não quero sentir saudade.
Quero sentir felicidade!

Bruna Tais da Silva

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Estou aqui sentado amargurado
Olhando para o horizonte
Esperando a primavera
E o canto do sabiá.
Cadê você sabiá
?
Vem amenizar a minha dor!
Vem despertar esse pobre sofredor.
Sabiá, o seu canto me fortalece
Me faz lembrar do meu aconchego
Da minha terra amada.
Não tenho dormido, levanto cedo,
Para esperar o canto do sabiá.
Ao longe ouço o canto dele,
Entre a neblina e a alvorada vejo a minha infância .
Lá estou eu, inocente com os pés descalços
Sentada na calçada, brincando de petecas
E minhas irmãs, andando de bicicleta.
Cante mais sabiá, mais alto !
Estou chegando na minha casinha.
Não pare, não pare...
Preciso do seu canto para acalentar a minha dor.
 Bruna Tais da Silva

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

A vida não tem sido fácil
Olho para o lado e me vejo sozinha
Sem irmãs, sem tio, sem mãe, sem nada...
Para onde todos foram?
Porque tive que envelhecer?
Porque não consigo viver?
Quero as brigas pelas roupas usadas
Quero as brigas pela casa bagunçada.
Sinto que não sei viver sem vocês.
Cadê os gritos pela casa?
Cadê as conversas na calçada?
Não tenho mais nada disso.
Meu Deus porque fez isso comigo?
Eu quero minha vida de volta.
Quero ficar enlouquecida por não achar
A minha blusa preferida.
Quero chorar por terem acabado meu perfume.
Nada disso era chatice, era amor de família.
Não entendo, faz tempo que não ouço os gritos, não passo raivas.
Sinto saudade até da falta da carne
De comer piabas, de comer melancia no final da noite.
Cadê vocês minhas irmãs chatas?
Cadê você meu tio amado?
Cadê?


Ah o natal...
Costumava ser tão bonito 
Correria de um lado para o outro 
Compra isso, compra aquilo,
Faz isso, faz aquilo...
Para no final 
Termos uma santa ceia bem bonita. 
Todos reunidos e felizes,entre 
Foguetes e sorrisos.
Hoje o natal é só lembranças.
Cada um no seu canto 
Sem peru, sem maçã, sem amor.
O que fizeram com o nosso natal?



quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Mulher do interior,
Pele negra, desdentada, olhar triste e sofredor.
Mulher forte, trabalhadeira, que sai de manhã cedo para catar coco babaçu no meio do mato.
Tira seu sustento quebrando coco e fazendo azeite.
O machado,e seu taco , são seus únicos companheiros.
Tem dias que não tem nem o que comer.
Sua luta é grande, mas pergunta para ela se tem vontade de sair dos matos!
Ela tem orgulho da sua cazinha de barro
Coberta de palha e muitas goteiras.
A fome é tanta que de manhã seus netos vão no ninho da sua única galinha,
Esperar que ela ponha um ovo.
Dona Anita é uma mulher Nordestina
Que dorme em uma rede, anda descalço
Que tem esperança, que tem sede.
Tem o sorriso de uma criança recém nascida.
Que pena que ela tem uma vida tão sofrida.
Suas filhas sovina até comida para essa pobre mulher.
A pobresa é tanta que nem banheiro, nem fogão ela tem.
Dependem de um fugareiro e das cascas dos cocos que ela colhe todos os dias.
No meio do terreiro, sua filha injeitada
Chora e lamenta segurando uma exchada.
O sonho dela é ir para a cidade,
Ganhar a vida e sustetar suas crias.
Dona Anita é muito brava, que peca igual à todos.
Porém é iluminada e tem um grande coração.
Tomara á Deus que nunca acabe os pés de coco que alimenta essa família sertaneja que vive na pobresa pelos fins do sertão.
O mundo não as conhecem,
E dona Anita, mulher forte e independente.
Sentada em uma cadeira de espaguete
Envelhece!

 B.T.S

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Doeu demais te ver e não poder te beijar
Doeu toca nas suas mãos e sentir você arrepiar.
Não sei porque te quero tanto assim,me digas o que queres de mim?
Doeu ficar de frente a frente com você e apenas poder apertar nossas mãos com toda a força que podíamos.
Força essas que queria dizer, te quero, te desejo.
Sentir o calor das suas mãos despertou em mim um desejo que a muito tempo não sentia.
Ficamos paralizado, olhando um para o outro.
Naquele momento só nosso, me veio uma vontade louca de beijar seus lábios, de sentir você.
Quero me entregar, quero uma noite de amor, quero ouvir você sussurrar, quero tanto te abraçar.
As vezes sinto você me tocando, me acariciando. Sinto prazer só em te ver.
Tu me deixas confusa, não sei se é amor, se é paixão, só sei que tu tem poder sobre o meu corpo, a minha alma.
Queria fugir, fugir para o lugar mais tranquilo e solitário que existe, fugir para longe de você!
Mas não consigo, não posso! Sinto tanto!
Você falou baixinho que eu estava linda, fiquei com vergonha, confesso.
Tenho medo, não posso te ver.
Meu coração palpita, acelera, perco o chão.
O que fazer com essa chama,com esse tesão?
B.T.S


domingo, 13 de outubro de 2019

Chove lá fora,as gotas da saudade.
E eu aqui detro, lembrando do meu passado.
Veio em minhas memórias um momemto
Doce da minha adolescência.
Meu tio João sentado em uma cadeira de plástico, e eu na escada comendo mangas de fiapos,com farinha de puba.
 Lembro daquele sorriso inocente, do meu tio João.
Homem forte e honesto, sempre lutando para ajudar a gente.
Somos sobrinhas de criação, que meu tio adotou.
Hoje é aniversário dele e eu não conseguir nem ouvir a sua voz.
Agora comendo mangas de fiapos com
Farinha de puba, me veio as belas lembranças do sorriso do meu tio João.
Parabéns meu querido e admirado  tio. Sempre carregarei dentro do meu coração!
Agora chove as gotas da saudade em uma
Cidade distante das rizadas marcantes
Do meu tio João!
Bruna Taís da Silva

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

O excesso de você nos meus pensamentos
Estão tomando conta de todo o meu ser.
Eu acordo,ainda com os olhos fechados
Te sinto!
Você esta presente em mim em todos os momentos.
A tua face ficou tatuada nas pálpebras dos meus olhos.
É como se fosse uma cortina,basta que eu adormeça ou que eu feche os olhos
Te vejo!
É assustador,é agoniante.
Te ver e não poder te tocar.
As vezes grito, no intuito que você me ouça, mas é falho.
Você é apenas a sombra de um amor não correspondido.

Bruna Taís da Silva

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Ouvir dizer que o céu não é mais estrelado
Que  tudo agora esta nublado.
Que os galhos não floflorescem que não  chove mais ,que as crianças não conhecem os animais.
Que não se ouvi mais o canto dos pássaros.
O que irei fazer  nesse mundo inundado?
Inundado de cinzas, pó, fogo, dor, cede.
Sinto por não ter sido capaz de proteger o
Meu mundo encantado.
Eu não posso abrir os olhos,
Não suportarei ver esses galhos secos, essa terra quente, esse povo maltratado.
Ouvir dizer que não tem mais florestas,
Nem rio, nem mar,nem ar.
O que aconteceu com o meu mundo encantado?
Todos tem sede,tem medo,tem fome.
Quero ouvir o canto do bem-te-vi,
Mas só consigo ouvir choros.
Coloco a mão no ouvido,
O povo está enlouquecido.
Meu Deus,meu Deus! Tenha piedade desse povo desgraçado!
Eles são culpados,
Eles destruíram tudo,mas preciso que os perdoem.
Desculpe, eu não consigo viver nesse mundo acabado.
Ouvir dizer que não tem mais céu estrelando.

Bruna Taís da Silva

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

No meio de toda essa gente 
Sinto que não existo.
Grito e ninguém me ouve, 
Choro e ninguém se importa,
É como se eu fosse a natureza, 
Cada dia mais destruída.
Corro para o meio da rua,
E grito o mais alto que consigo.
No final da estrada, avisto um passarinho, 
Todo despenado e com a perna quebrada e ele canta sozinho. O canto de dor.
Já vi que o mundo se tornou um abismo.
No meio de toda essa gente 
A vida é solidão.
Entre prédios e asfaltos, no final da estrada  avistei um passarinho!

Bruna Taís da Silva