quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Mulher do interior,
Pele negra, desdentada, olhar triste e sofredor.
Mulher forte, trabalhadeira, que sai de manhã cedo para catar coco babaçu no meio do mato.
Tira seu sustento quebrando coco e fazendo azeite.
O machado,e seu taco , são seus únicos companheiros.
Tem dias que não tem nem o que comer.
Sua luta é grande, mas pergunta para ela se tem vontade de sair dos matos!
Ela tem orgulho da sua cazinha de barro
Coberta de palha e muitas goteiras.
A fome é tanta que de manhã seus netos vão no ninho da sua única galinha,
Esperar que ela ponha um ovo.
Dona Anita é uma mulher Nordestina
Que dorme em uma rede, anda descalço
Que tem esperança, que tem sede.
Tem o sorriso de uma criança recém nascida.
Que pena que ela tem uma vida tão sofrida.
Suas filhas sovina até comida para essa pobre mulher.
A pobresa é tanta que nem banheiro, nem fogão ela tem.
Dependem de um fugareiro e das cascas dos cocos que ela colhe todos os dias.
No meio do terreiro, sua filha injeitada
Chora e lamenta segurando uma exchada.
O sonho dela é ir para a cidade,
Ganhar a vida e sustetar suas crias.
Dona Anita é muito brava, que peca igual à todos.
Porém é iluminada e tem um grande coração.
Tomara á Deus que nunca acabe os pés de coco que alimenta essa família sertaneja que vive na pobresa pelos fins do sertão.
O mundo não as conhecem,
E dona Anita, mulher forte e independente.
Sentada em uma cadeira de espaguete
Envelhece!

 B.T.S

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